terça-feira, 29 de março de 2011

Debate sobre Código Florestal na TV Câmara

Ivan Valente (PSOL/RS) x Heinze (PP/RS)

http://www.ivanvalente.com.br/2011/03/debate-sobre-o-codigo-florestal-na-tv-camara/

Ou

http://www.youtube.com/watch?v=rSzFRvtvyH0&feature=player_embedded

Notícias do Código - Conjuntura:

Juristas afirmam: novo projeto de Código Florestal é inconstitucional e não resiste a uma análise do STF
http://www.ivanvalente.com.br/2011/03/juristas-afirmam-novo-projeto-de-codigo-florestal-e-inconstitucional/

Ruralistas querem mudanças drásticas no Código Florestal. Em debates em universidades, Ivan Valente critica ofensiva
http://www.ivanvalente.com.br/2011/03/ruralistas-defendem-mudancas-mais-drasticas-no-codigo-florestal-em-debates-em-universidades-ivan-valente-critica-ofensiva-do-agronegocio/



Código Florestal: um debate necessário
http://www.ivanvalente.com.br/2011/03/codigo-florestal-um-debate-necessario/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Código Florestal em debate! Sexta-Feira, 18/03, 19 h no Sindicaixa

Código Florestal em Debate:



Ivan Valente - Deputado Federal PSOL*

e

Paulo Brack - Professor da UFRGS**



Quando: Sexta-feira, 18 de março

Local: Sindicaixa, Rua da República, 92

Horário: 19 horas



As motosserras estão ligadas:

Ainda no final do governo Lula houve uma tentativa por parte da Bancada Ruralista de votação do novo Código Florestal (CF), mas foi postergado para o novo governo. Logo ao final do recesso parlamentar as entidades de classe do Agronegócio (CNA, Farsul, etc), os setores governistas (Ministério da Agricultura, etc) e os seus grandes porta-vozes da mídia nacional ligaram suas motosserras para que a votação fosse realizada até o final de março.



A sociedade se organiza e resiste.

Graças à mobilização de diversos setores organizados da sociedade civil (movimento ambientalista, Via Campesina, CPT, CNBB, etc.), da comunidade científica (SBPC, ABC, etc.) e parlamentares da Frente Ambientalista conseguiram barrar a irracionalidade, a ganância, o atropelo e a falta de democracia. Agora em março foi criada a Câmara de Negociações do CF (4 parlamentares que representam a agricultura, 4 para o meio ambiente, 2 para o governo e 2 para a minoria).



Alerta geral!

Mas, esta semana, novamente o alerta foi disparado. O presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT/RS), manifestou compromisso com os ruralistas e que irá propor a votação no início de abril. Na mesma oportunidade, além da manifestação favorável do deputado petista à versão ruralista do Aldo Rebelo, outro apoio foi do governador gaúcho, Tarso Genro.

(http://blogecossocialistas.blogspot.com/2011/03/tarso-se-posiciona-e-maia-apoia.html).



O cerco está se fechando novamente. Temos que resistir a este atropelo.

Venha para o debate, divulgue! Somos tod@s atingid@s pela mundanças do Código Florestal: o campo e a cidade!




*Ivan Valente (PSOL/SP) - deputado federal integrante da Câmara de Negociações do Código Florestal (4 parlamentares que representam a agricultura, 4 para o meio ambiente, 2 para o governo e 2 para a minoria). Ele é um dos representantes da bancada ambientalista, também já integrou a Comissão Especial onde foi firmemente contrário às alterações propostas pelo relatório do Aldo Rebelo (PC do B/SP). Ivan é árduo defensor da manutenção do sistema de proteção do código florestal original.



**Paulo Brack - professor do Instituto de Biociências da UFRGS. Membro da ONG Ingá. É conselheiro da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) e do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambeinte).



Algumas propostas de alteração do CF e as trágicas conseqüências:

Ø Anistia completa para todas as multas aplicadas por desmatamento de Áreas de Proteção Permanente (APPs) e Reserva Legal. Essas multas, no total, são de R$ 10 bilhões e na sua imensa maioria são do Agronegócio, principalmente dos setores da soja, pecuária, cana-de-açúcar, café e celulose. O relatório não poderia ser mais claro: o crime compensa para o Agronegócio;

Ø Diminuição drástica das APPs possibilitando a redução de 30m para 15m de proteção nas margens dos riachos com até 5m de largura e liberação do topo de morros para ocupação e desmatamento, tanto no meio rural como urbano. Infelizmente, sabemos muito bem o resultado disso: as tragédias ambientais anunciadas ocorridas no RJ, SC, SP, MG, RS, AL, etc. A presença de vegetação em topos de morro e encostas tem papel importante no condicionamento do solo para o amortecimento das chuvas e a regularização hidrológica, diminuindo erosão, enxurradas, deslizamento e escorregamento de massa em ambientes urbanos e rurais.

terça-feira, 15 de março de 2011

Acidente nuclear no Japão é mais grave, afirma autoridade francesa

O acidente nuclear de Fukushima alcançou um nível de gravidade maior do que Three Mile Island, mas não chegou ao nível de Chernobyl, afirmou nesta segunda-feira (14) o presidente da Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN), André-Claude Lacoste.

“Temos a impressão de que estamos pelo menos em nível 5 ou nível 6 (de uma escala de 7)”, indicou Lacoste à imprensa. “É algo além de Three Mile Island (nível 5) sem alcançar Chernobyl (nível 7). Estamos com toda certeza num nível intermediário, mas não se pode descartar que podemos chegar a um nível da catástrofe de Chernobyl”, acrescentou.

No sábado, as autoridades japonesas anunciaram que o acidente na usina de Fukushima N°1 alcançou o nível 4 da escala de acontecimentos nucleares e radiológicos (INES), que tem seu máximo no nível 7.

Segundo esta escala, a catástrofe nuclear de Chernobyl, ocorrida em abril de 1986, foi avaliada no nível 7, o mais alto jamais alcançado, definido como um “acidente maior, com um efeito estendido ao meio ambiente e à saúde”.

O nível 6, ou “acidente grave”, se refere a um “vazamento importante que pode exigir a aplicação integral de contramedidas previstas”, e o nível 5, um “acidente com vazamento limitado”.

Three Mile Island é uma central nuclear americana que, em 28 de março de 1979, sofreu uma fusão parcial. (Fonte: G1)

Os métodos do lobby nuclear

Encobrimento e demora em um escândalo incrível



Reiner Metzger
Tageszeitung



Cinco reatores atômicos no Japão se encaminham agora para uma catástrofe. Os cinco foram fechados em caráter de emergência e estão sem resfriamento. O que está acontecendo exatamente não o sabem nem os moradores das imediações nem o mundo, e isso somente dois dias após um devastador terremoto. Um reator já explodiu, o que até os defensores da energia atômica admitem, mas que não sem certa vacilação atribuem em parte a uma provável explosão de hidrogênio sem conseqüências graves. Nenhuma comparação com Chernobyl, dizem.



Esses encobrimentos e demoras na informação supõem um enorme escândalo. E não é nenhuma conseqüência do caos depois do terremoto, não: é o método habitual. Em cada acidente atômico, a situação tem sido essa: primeiro, manter a fachada intacta; é melhor por em perigo a saúde de dezenas ou, inclusive, centenas de milhares de pessoas do que arriscar-se à imagem ruim por más noticias publicadas na imprensa. Pode ser que os especialistas no local recuperem o controle da situação e que a população não se dê conta. Afortunadamente, a radiação atômica é invisível e inodora. Os bilhões obtidos com esse negócio não fedem.



De qualquer forma, no Japão, um dos países mais propensos a terremotos no planeta, funcionam mais de cinqüenta reatores atômicos. De tantos em tantos anos, uma central nuclear resulta danificada por um terremoto. Agora, além de tudo, aparentemente foram inundados pelo tsunami. Não temos informação suficiente. Só nos resta escutar os prognósticos de que a coisa não ficará pior, sobretudo aqui na Alemanha.



Contudo, ficará pior. Está na própria natureza da coisa. Em todas as instalações industriais ocorrem acidentes, sejam elas refinarias, centrais nucleares ou plataformas petrolíferas. Os técnicos, tomando precauções, podem minimizar a probabilidade de que um acidente ocorra, mas em nenhum caso se podem tomar as precauções para todos os tipos de danos possíveis. O pior terremoto na história do Japão, somado à onda de dez metros de altura do tsunami nem sequer se encontravam entre as probabilidades dos especialistas. Tampouco aqui na Alemanha, na concessão de licenças para a atividade, se pensa em um terremoto, um ataque terrorista com um enorme Airbus A-380. Na construção das centrais nucleares nos anos 60 e 70 menos ainda se pensava nisso, quando ninguém poderia prever o que ocorreria no mundo em 2011.



Os riscos da tecnologia não podem ser eliminados. Mas, no mundo dos negócios, tudo se transforma. Nenhum Estado deveria construir instalações como as centrais nucleares, que conduzem a danos imprevisíveis. E os que ganham dinheiro com semelhantes instalações, como nosso apreciado setor atômico, devem ser claramente etiquetados como aproveitadores irresponsáveis. No seu discurso, eles sempre tem a situação sob controle, enquanto por trás deles já voam em todas as direções pedaços do reator.



Ficam claras as situações aqui na Alemanha. Os conservadores da CDU (União Democrata Cristã, em português) e os liberais da FDP (Partido Democrata Liberal, em português) são os que promovem em nosso país a energia atômica. Enquanto o fizerem, não são forças a levar em conta nas próximas eleições. Por isso somos nós, alemães, responsáveis. Poderemos julgar de uma vez a forma de como a situação de desenvolverá no Japão, não menos do que os próprios japoneses, se a verdade for posta sobre a mesa. Contudo, essa hipótese parece cada vez mais difícil, como qualquer ativista anti-atômico poderia temer.



Reiner Metzger é o chefe de redacão do jornal alemão Tageszeitung.

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=124202&titular=los-métodos-del-lobby-nuclear-

Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti

Tarso se posiciona e Maia apoia ruralistas na votação do Código

Jornal > Rural
ANO 116 Nº 166 - PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2011
Maia apoia ruralistas na votação do Código
Presidente da Câmara garante esforço para levar tema a plenário em abril

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, afastou as incertezas sobre seu posicionamento com relação ao Código Florestal após criar uma comissão mista para discutir o tema no Legislativo. "Fiz um acordo com os agricultores e mantenho minha proposta. Se depender da presidência da Câmara, até o início de abril, teremos a votação", garantiu o parlamentar ontem, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. O governador do RS, Tarso Genro, também apoiou o relatório do deputado federal Aldo Rebelo. "Se havia alguma dúvida, ela acaba aqui. Se o presidente da Câmara de Deputados, o governador e o relator defendem a mesma ideia, será possível construir um consenso e votar o Código", completou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

A discussão sobre o tema mexeu com os ânimos na abertura da feira. Posturas firmes marcaram o dia em que pouco se falou sobre outro assunto. As posições surgiram após reunião a portas fechadas na casa da Cotrijal no parque. "Queremos equilíbrio e bom senso para a lei não alijar propriedades rurais", disse o presidente da Cotrijal, Nei Mânica. Até sexta-feira, a mostra deve receber mais de 170 mil visitantes.