sexta-feira, 10 de setembro de 2010

IIRSA: Brasil banca obras energéticas em países vizinhos

Olá!

Toda a reportagem é preocupante e só corrobora com a liderança do governo Lula na aplicação do IIRSA (Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana), sendo que os PACs 1 e 2 são suas versões nacionais, destinado a alimentar o fluxo mundial de capitais, baseado no modelo agro/minerioexportador, do qual algumas comodities são fundamentais: celulose, soja, cana-de-açucar, etc.
Especificamente, chamo a atenção para dois trechos da reportagens extremamente preocupados em relação a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai:

"Entre os projetos bilaterais em análise o mais estratégico é a construção das hidrelétricas de Garabi e Panambi, fronteira com a Argentina.
O inventário do rio Uruguai foi concluído em julho, e os dois países já têm o embrião da empresa que construirá o empreendimento."

Não passarão!
Não à Pai Querê! Não à Belo Monstro!

Abraços
Eduardo


10/9/2010

Brasil banca obras energéticas em países vizinhos


O Brasil vai bancar nos próximos anos projetos de segurança e integração energética de países vizinhos, seguindo a tônica do governo Lula de que não é bom se desenvolver estando rodeado de problemas estruturais.
A reportagem é de Sofia Fernandes e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 10-09-2010.
Alguns, como a Venezuela, Argentina e Paraguai enfrentam problemas sérios de geração de eletricidade.
Estão em pauta questões gerais de integração, empreendimentos bilaterais e a intenção de fortalecer a prática de fornecimento momentâneo de energia, a energia interruptível -comum com Argentina e Uruguai.
Para o governo, a integração energética é mais que natural e o Brasil, como uma potência regional, não pode perder a chance de conduzir esse processo.
Do ponto de vista político, há o cuidado para que o Brasil não seja interpretado como um intruso nas questões internas de seus vizinhos.
Entre os projetos bilaterais em análise o mais estratégico é a construção das hidrelétricas de Garabi e Panambi, fronteira com a Argentina.
O inventário do rio Uruguai foi concluído em julho, e os dois países já têm o embrião da empresa que construirá o empreendimento.
O projeto é da década de 80, mas há orientação do governo Lula de tocar com rapidez. A energia gerada será dividida pela metade entre os dois países.
"O governo se deu conta de que ali há um potencial que não pode ser mais desprezado", afirmou o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa do Lago.
Com o Peru, foi firmado um acordo que prevê a construção de hidrelétricas, com um total de até 6.000 MW de potência instalada.
MODELO CONFIÁVEL
O Brasil pretendia financiar essas obras para comprar 80% da produção, fatia que está sendo revista.
"Imagine se o Brasil fosse menor e estivesse construindo uma hidrelétrica para mandar energia a um vizinho, enquanto precisa dela", justifica o diplomata.
O governo estuda também exportar o modelo tido como "confiável" do setor, com leilões de energia e contratos de 30 anos, para seus vizinhos.
Peru, Bolívia e Uruguai mostraram interesse em incorporar o esquema energético brasileiro.
Um desses interessados, o Uruguai, receberá vários agrados do Brasil. Há o intuito de construir uma térmica a carvão em Candiota (RS) para fornecimento exclusivo ao país. O vizinho também deve receber um parque eólico.
O Brasil pensa em estender a influência para Bolívia, com construção de hidrelétricas, e Venezuela, que seria contemplada com linhas vindas de Boa Vista (RR).


Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=36185

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