quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Mata Atlântica está desaparecendo também no RS

Notícia da edição impressa de 27/05/2010 - Jornal do Comércio

Estado lidera o desmatamento da Mata Atlântica


O Rio Grande do Sul lidera um ranking nacional. Isso, porém, não é razão de orgulho. Ao contrário, é motivo de vergonha. O Estado é o que teve o maior aumento na taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica.

Conforme o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, produzido pela Fundação S.O.S Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado ontem, o Rio Grande do Sul aumentou a taxa de desmatamento anual, desflorestando 83% a mais. A taxa, que era de 1.039 hectares/ano no período 2005-2008, passou para 1.897 hectares, de 2008 a maio de 2010. Originalmente, possuía 48% do seu território (13.759.380 hectares) no bioma e, atualmente, restam apenas 7,31% (1.006.247 hectares).

A sexta edição do Atlas revela que, de 2008 até maio de 2010, dos nove estados analisados, os que possuem desflorestamentos mais críticos são Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que perderam 12.524, 2.699 e 2.149 hectares, respectivamente. Aos números do desflorestamento destes três estados, somam-se outros 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 hectares em São Paulo, 315 hectares no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 hectares no Mato Grosso do Sul, totalizando 20.867 hectares de floresta nativa suprimida.


26/05/2010 - NOVOS DADOS DO ATLAS DA MATA ATLÂNTICA

Hoje (26 de maio) foram divulgados os dados parciais do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” para o período de 2008-2010, pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a iniciativa que tem o patrocínio de Bradesco Cartões. Neste intervalo, foram suprimidos ao menos 20.867 hectares de Mata Atlântica nativa em 9 dos 17 Estados brasileiros que abrigam o Bioma (GO, ES, MG, MS, PR, RJ, RS, SC e SP), área equivalente a metade da cidade de Curitiba. “Os dados avaliados no período de 2008-2010 mostram que o desmatamento na floresta nativa continua, e é preciso que as políticas públicas que incentivam a conservação e a fiscalização atuem de maneira mais efetiva para garantir a manutenção da floresta e, por consequência, dos serviços ambientais para milhões de pessoas que dependem de seus recursos naturais”, alerta Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica.

Os Estados que possuem desflorestamentos mais críticos são Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que perderam 12.524 hectares, 2.699 hectares e 2.149 hectares, respectivamente. A estes números somam-se desflorestamentos de 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 hectares em São Paulo, 315 hectares no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 hectares no Mato Grosso do Sul, totalizando 20.867 hectares de floresta nativa suprimida. No que se refere ao desmatamento dos ecossistemas costeiros, dos nove Estados avaliados, São Paulo foi o único a perder 65 hectares de vegetação de restinga.

A sexta edição do Atlas considera o Mapa da Área da Aplicação da Lei 11.428 de 2006, publicada pelo IBGE, e avaliou 94.912.769 hectares, ou 72% da área total do Bioma Mata Atlântica. Os Estados do Nordeste ainda não puderam ser incluídos nesta atualização devido aos elevados índices de cobertura de nuvens e a previsão é que seus dados sejam divulgados até o final deste ano.

Para conferir mais informações, relatórios e mapas, acesse o link do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no site:

http://www.sosmatatlantica.org.br/

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