sexta-feira, 13 de agosto de 2010

IBGE: A expansão da silvicultura no RS; Pecuária perde espaço

ANO 115 Nº 317 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2010
Reflorestamento ganha espaço

Os estudos do Projeto Levantamento e Classificação do Uso da Terra no RS trouxeram dados relevantes da expansão do reflorestamento no Estado. Conforme o coordenador de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE, Celso José Monteiro Filho, apesar da produção gaúcha ainda estar permanentemente ligada às culturas de arroz e da pecuária de corte, esta é uma das áreas que começa a ganhar espaço gradativamente. Segundo informações do relatório, o total de área plantada com silvicultura no Estado corresponde a 563,5 mil hectares, extensão de terra que, em 2002, era de 360 mil hectares. "Temos visto a silvicultura muito presente na Campanha e Fronteira-Oeste do RS. Mas a expansão já começa a tomar áreas até do Litoral gaúcho", afirmou o dirigente. Outro dado importante é que o Estado é o maior produtor brasileiro de lenha. Isso corresponde a, aproximadamente, 34% da produção nacional de 2008. Butiá, Santa Cruz do Sul e Taquari são os três maiores produtores.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/Default.aspx?Ano=115&Numero=317&Caderno=0&Noticia=181885


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ANO 115 Nº 317 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2010
Pecuária ocupa 46% do Estado
IBGE aponta que atividade é essencial à economia do RS, embora esteja perdendo espaço

José Renato Braga (E) ressaltou a importância conferida pelo instituto ao projeto
Crédito: pedro revillion

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as atividades voltadas à pecuária ocupam 46% das terras gaúchas. O dado é proveniente do Projeto Levantamento e Classificação do Uso da Terra, finalizado em 2009 e divulgado ontem. Os estudos ainda apontam que as lavouras dominam 29% da extensão territorial, as coberturas florestais,14%, e as águas correspondem a 7% do total. O restante da área se destina a outras atividades, como mineração ou ocupações urbanas.

Para o coordenador de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE, Celso José Monteiro Filho, a pesquisa faz uma retratação de como está a economia gaúcha. "Ao mesmo tempo que a pecuária se mostra como a principal atividade econômica do Estado, o estudo ainda revela que algumas propriedades estão migrando para outros tipos de atividade", ressalta.

O consultor de pecuária da Farsul Fernando Adauto concorda que a pecuária venha perdendo espaço nos últimos anos, especialmente, para dar lugar à lavouras. "Tivemos um período muito difícil no começo da década com a questão da aftosa que resultou em queda de preços, na venda de rebanhos e na descapitalização do produtor", justifica. Apesar disso, ele informa que o rebanho gaúcho cresceu no último ano devido à redução da idade dos animais e da disposição de o pecuarista ter mais exemplares por hectare, o que amplia a oferta de gado gaúcha. Embora o movimento não seja suficiente para retomar áreas de pecuária, avalia Adauto, deve solucionar o problema dos frigoríficos que, nos últimos anos, importaram carne para abate de outros estados.

O relatório apresentado ontem é fruto de um trabalho extenso e rigidamente técnico que tem como base informações do Censo Agropecuário e de imagens de satélite cedidas por diversos órgãos, entre eles, a Fepam e a Emater. "É mais um importante produto que é lançado pelo IBGE", completou o chefe da unidade estadual do IBGE, José Renato Braga de Almeida. O RS foi o quarto estado a ter o levantamento. A pesquisa já foi realizada no AP, AC e RR. Até o final do ano, o IBGE pretende concluir o mapeamento no PA e no AM, totalizando 43% da área do Brasil.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=317&Caderno=0&Noticia=181786

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