sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Plínio no Jornal Nacional esteve na classe econômica

Publicado: 12 de agosto de 2010 às 22:37 | Autor: Eliomar de Lima

“Enquanto os três principais candidatos à Presidência tiveram 12 minutos em entrevista ao vivo, o candidato do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, ganhou três minutos no Jornal Nacional da TV Globo, numa entrevista gravada, feita pelo repórter Tonico Ferreira. E reclamou por isso: “Eu sempre viajei de classe econômica, e não vejo problema nisso. Mas, aqui, vocês criaram uma classe executiva para os candidatos chapa-branca e uma classe econômica”. Em resposta, o apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, disse que o critério utilizado foi fazer a entrevista ao vivo com os candidatos de partidos que têm representação na Câmara e mais de 3% das intenções de voto. O Psol de Plínio tem deputados federais, mas o candidato aparece nas pesquisas com no máximo 1%.

Ao dar a explicação, Bonner disse que Plínio, caso venha a ultrapassar essa margem de 3%, será entrevistado nos mesmos moldes que Dilma Rousseff, do PT, Marina Silva, do PV, e José Serra, do PSDB. Bonner correu um risco com essa promessa: se Plínio crescer, ele é que acabará privilegiado, com duas entrevistas no Jornal Nacional.

Tonico Ferreira atacou as propostas radicais de Plínio e do Psol. “São propostas difíceis sem mudar o regime”, comentou o repórter. No caso da ocupação de terras com mais de mil hectares, Plínio respondeu que a ocupação dessas propriedades não é crime. “É um apelo a uma sociedade insensível a uma necessidade da população”, respondeu.

Sobre o calote da dívida, Plínio respondeu: “Quem dá calote é a burguesia no povo”. Segundo ele, a proposta do Psol é fazer uma auditoria na dívida. Confrontado por Tonico Ferreira, ele admitiu que, feita a auditoria, pagamentos viriam a ser suspeitos. Tonico, então, perguntou se isso não geraria insegurança junto a poupadores, menos os pequenos. “Os pequenos estarão garantidos; os grandões, nós vamos enfrentar”.

(Congresso em Foco)

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