O Equador está passando por um momento político fascinante. Depois da auditoria da sua dívida externa, que inspirou iniciativas parecidas em toda a América Latina incluindo o Brasil, o governo do Equador dá mais uma lição de soberania.
Para evitar o comprometimento de uma das áreas de maior biodiversidade do mundo, localizada na Amazônia equatoriana, o governo tomou uma decisão quase inacreditável para quem é acostumado com as manchetes ambientais no Brasil. Simplesmente optou por não explorar poços de petróleo que representam 20% das suas reservas! Em vez disso, lançou uma campanha internacional para captar recursos a título de "compensação".
Diferente da lógica da compensação muito utilizada aqui no Brasil, onde os poluidores compensam para poder destruir. A lógica é outra, se compensa para evitar a destruição. Porém, depende do apoio internacional, que muito aquém do que seria esperado. Não surpreende, afinal, se essa moda pega, os alicerces do desenvolvimento a qualquer preço estariam ameaçados de morte.
Confiram a reportagem: http://oecoamazonia.com/br/blog/130-100-mil-dolares-para-o-yasuni-itt
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