quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PF indicia Padilha por formação de quadrilha

Duas importantes obras do PAC no RS estão sob suspeita desde o início. Desde o porquê das barragens, seu licenciamento, os enormes impactos ambientais, licitação fraudulenta e desvio de muito dinheiro público (característica de todas as megaobras, por isso o PAC é a festa das empreiteiras no Brasil e como troca as empreiteiras são as principais financiadoras de campanha, tanto do Serra e principalmente da Dilma, mãe do PAC), sendo que ainda esta semana foi publicado que se precisa mais de alguns milhões de reais para o término de cada barragem.
Eliseu Padilha, quadrilheiro de mão cheia da construção civil, manda e desmanda no litoral norte gaúcho. Vai desde o loteamento do nosso litoral, como da retirada da areia das dunas para obras. Diria, que é nosso "Sarney do RS".
Segue as notícias.
Difícil ser condenado.


Jornal > Política
ANO 116 Nº 139 - PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2011
PF indicia Padilha por formação de quadrilha
Ex-deputado teria se beneficiado, de forma ilegal, de licitações de obras

Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB nacional
Crédito: leonardo prado / agência câmara / cp memória


O ex-deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) foi indiciado ontem pela Polícia Federal por crimes em licitação e formação de quadrilha. Presidente da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB nacional, Padilha prestou depoimento ontem na Superintendência da Polícia Federal, na Capital. Ele é acusado de favorecimento em licitações das barragens de Jaguari e Taquarembó, em processo originado em 2007, durante as investigações da Operação Solidária.

Apesar de confirmar o indiciamento do ex-ministro dos Transportes, a PF ainda precisa colher o depoimento de mais cinco pessoas, entre empresários e técnicos, para fechar o inquérito. A previsão é de que os suspeitos sejam ouvidos até a metade de abril. Depois, a PF encaminhará o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se oferece denúncia contra o ex-parlamentar. A tendência, no entanto, é de que o MPF abra processo contra Padilha.

Em mais de uma hora e meia de depoimento, Padilha reafirmou sua inocência aos delegados e negou favorecimento no processo de licitações das obras envolvendo as barragens. Padilha ressaltou que a MAK Engenharia, empresa que supostamente seria favorecida, sequer participou do processo de licitação. Mesmo sem foro privilegiado - ele não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados -, Padilha não teme a possibilidade de responder a processo, mas garante que contestará as acusações em juízo. "Quem é inocente é inocente, com ou sem foro privilegiado. Tenho convicção de que não pratiquei nenhum crime", afirmou. Padilha reconhece ter contatos com a MAK. O ex-parlamentar garante também que nunca entrou em contato com secretários do governo anterior solicitando favorecimento em licitações.



Inquérito faz parte da Operação Solidária
- O nome do ex-deputado Eliseu Padilha (PMDB), de acordo com a PF, veio à tona durante conversas telefônicas captadas com autorização da Justiça Federal. As gravações indicaram que Padilha, quando exercia seu mandato na Câmara dos Deputados, seria um dos principais mentores no direcionamento das licitações das barragens para favorecer empresários, que também estão sendo investigados pela PF. Padilha responde a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), pois tinha foro privilegiado. Como não se reelegeu, passou a responder as acusações na Justiça Federal no RS.

- O ex-parlamentar é um dos investigados no processo, que se originou durante a Operação Solidária, desenvolvida pela PF em 2007. A ação tinha como mote apurar fraudes em licitações de obras de infraestrutura no Estado. A Operação Solidária é composta por 15 inquéritos que apuram supostas irregularidades em licitações e desvios de verbas públicas em obras em municípios gaúchos. Embora as investigações tenham iniciado em 2007, a PF ainda reúne provas contra os acusados. No entanto, mais da metade dos inquéritos já foram finalizados e encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF).

- O inquérito envolvendo Padilha deverá ser enviado ao MPF somente em abril, quando a PF deverá finalizar a coleta de depoimentos dos supostos envolvidos.


Padilha: surpreso, mas tranquilo
Apesar das acusações de suposto envolvimento nas licitações das barragens Taquarembó e Jaguari e de formação de quadrilha, o ex-deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) demonstrou tranquilidade em relação ao andamento das investigações sobre o caso e se disse satisfeito em depor. Surpreso com a informação de que a PF teria confirmado seu indiciamento, Padilha disse que irá confrontar o posicionamento dos delegados no foro adequado. "Não tenho conhecimento de alguém responder processo sem ter envolvimento. A empresa que a investigação refere sequer participou do processo de licitação", destacou.

Padilha afirma que as investigações são baseadas em conversas telefônicas captadas com autorização da Justiça Federal. Nas gravações, Padilha aparece conversando com um representante da MAK Engenharia.




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Eliseu Padilha é indiciado por formação de quadrilha
Ex-deputado é suspeito de envolvimento em crimes nas licitações de duas barragens
O ex-deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) foi indiciado, nesta terça-feira, por fraude nas licitações das barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó e por formação de quadrilha. Mais cedo, ele prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em Porto Alegre, de onde saiu se dizendo inocente. “Esse episódio é passado”, afirmou à Rádio Guaíba. A polícia suspeita que o peemedebista tenha favorecido empresas enquanto exercia o mandato na Câmara dos Deputados.

As irregularidades foram descobertas durante as investigações da Operação Solidária, iniciada em 2007 e que apura fraudes no Estado. O ex-deputado preferiu, no entanto, não opinar se o depoimento havia sido produtivo às investigações. “Isso é o delegado que tem que dizer, eu não posso falar nada a respeito”, afirmou. Ele disse que espera que as suspeitas sejam esclarecidas. Nas últimas eleições, Padilha não se reelegeu.

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