Brasil | hidrelétrica
Baixar.(1'41'' / 411 Kb) - Os movimentos sociais do estado do Pará divulgaram uma nota denunciando que o Governo Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) estão assediando indígenas da Associação dos Indígenas Moradores de Altamira-PA (AIMA). Eles afirmam que o governo e a Funai querem que os índios desistam da luta contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte.
De acordo com a ex-presidente da Aima, Juma Xupaia, com doação de cestas básicas, bens materiais e dinheiro, os representantes da Norte Energia – com conhecimento da Funai – estão convencendo os indígenas sobre a necessidade de construção da obra. Para ela, esse tipo de assédio ocorre devido à condição de vida em que vive os índios. Juma ainda afirma que aqueles que recusam as propostas são “constantemente ameaçados”.
Ela também denuncia que entre os dias 17 e 22 de janeiro, os indígenas foram mobilizados pela própria Funai – com o apoio da Norte Energia – para participarem de reuniões.
Devido à sua atuação contra a hidrelétrica, no último dia 22, Juma confirmou que foi tirada do cargo de presidente. O comunicado foi feito pela Funai. O novo presidente da Associação é o índio Luis Xipaia, que já não luta mais contra a construção de Belo Monte.
A hidrelétrica, projetada para ser construída no Rio Xingu, é combatida por movimentos sociais e ambientalistas. Além da inviabilidade econômica, já foram apresentados documentos mostrando falhas nos estudos de impactos ambientais do projeto. Também foi concluído que a hidrelétrica deve causar graves consequências para os habitantes da região e para o ecossistema da floresta amazônica.
De São Paulo, da Radioagência NP, com informações da Agência Adital, Danilo Augusto
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